17 de setembro de 2011

Uma história sobre a História da Arte


Uma história sobre a História da Arte

Do rupestre partimos,
A arte de sua forma mais simples
idealizada por quem sonhava.
A magia para desejos.
Era o homem buscando ter através do idealizar,
expressou-se em garatujas
realizou história.

Na Antiguidade Clássica
Gregos eram
O homem se sentiu deus
Pensou, filosofou e criou.
Mas repetir a natureza, ser verossímil
não aproximava o homem do divino.
Pensou Platão,
mas podia ser o caminho,
Poetizou Aristóteles.
Vasos, esculturas, arquitetura,
a história da arte tomou forma.

Num momento exagerado
a arte se viu entre luz e sombra.
Barroco foi chamado e erradamente ironizado.
Retratos, esculturas curvilíneas e muita religião,
era o católico tentando vencer o protestante.
Lutero lutou e o pensamento se espalhou,
Espanha, Alemanha, Países Baixos,
em todo canto se via volumosas e detalhadas obras.
A história da arte rebelou-se social.

Moderno, modernismo ou modernista? Primeiro Impressionista!
A transição do século XIX para o XX
foi real, impressionista, abstrata, vanguardista!
Ismos surgiram, variações da mesma ideologia.
Bastava-se de regras, chega-se de academia!
A arte pode ser do jeito que se vê, que se quer
iluminada, viva, colorida excessivamente,
sombria, deformada, emotiva e transgressora.
O tema podia ser qualquer coisa. Girassóis!
A história da arte encontrou o fim.

E o Brasil? Perguntou-se.
O Brasil foi palco, um pouco depois
mas trouxe suas manifestações miscigenadas.
Era a arte indígena e a arte africana descobertas
em artefatos e artesanatos,
o espiritual visto de forma fora do comum
porém, no fundo exaltando sempre as divindades.
Avançamos! Entre idas e vindas, destaca-se uma semana,
semana de rupturas nacionalistas,
manifestos revelaram o começo de uma globalização.
Era 1922 e chamou-se Semana da Arte Moderna
conhecida hoje como Semana de 22.
Anita quis, seduziu, contagiou.
Lobato não conseguiu conter, mas antecipou, talvez uma banalidade.
Diversos artistas aderiram a causa.
Brasil então entrara no eixo artístico.
A história da arte teve um capítulo só nosso!

Pós vanguardas e guerras
a arte se torna desregrada
O fim chegou-se, mas como um pensamento puro
ela não teve seu fim.
Evoluiu ou permanece em eterna transformação.
A Arte agora é Contemporânea!
Política, social, cultural,
totalmente expressiva.
Urbana, corporal, digital
a arte invade tantos caminhos e se apropria deles intensamente.
É o fim! Ou um novo começo,
onde todos são artistas e atuantes sociais
mas apenas interessados em se expressar artisticamente.

Angélica Dadario, Embu-Guaçu, SP, setembro de 2011

12 de setembro de 2011

Serj Tankian - Empty Walls (Video)

Eu estava no primeiro ano da faculdade, voltando a pé para o ponto final do ônibus para Embu-Guaçu. Eis que olho para a TV de um bar e um edifício está sendo filmado como se pegasse fogo, saindo muita fumaça.

De repente aparece um avião na tela e o atinge em cheio.... Caos!


Música indicada pela Kell no Monótonos Monólogos


8 de setembro de 2011

Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM)




Uma carta de Mário de Andrade (1893 - 1945) a Lasar Segall (1891 - 1957), datada de 9 de fevereiro de 1931, permite apreender o espírito que redunda na criação da Sociedade Pró-Arte Moderna - Spam, fundada em 1932 na cidade de São Paulo. Diz o poeta e crítico: 

"... uma coisa que vai alegrar você - a quase realização daquela nossa velha idéia, lembra-se? - de um centro de arte moderna juntamente com d. Olívia Guedes Penteado e com outras algumas senhoras de nossa melhor sociedade; estou tentando dar a essa idéia uma forma palpável, útil. Creio que faremos para principiar uma espécie de club que se chamará 'Sala Moderna', na qual exporemos quadros, estátuas, livros e faremos ouvir musicistas, escritores exclusivamente modernos, nacionais e estrangeiros". Agrupamento de artistas de diversas áreas, afinados com o ideário moderno e modernista, e de setores da elite paulistana, com vistas a promover a arte em reuniões e festas (o que lhe confere um acentuado caráter mundano), eis o perfil do grupo definido em 23 de novembro, na casa do arquiteto Gregori Warchavchik (1896 - 1972), mas oficialmente criado em 22 de dezembro do mesmo ano, em uma reunião na casa da bailarina Chinita Ulmann. Dessas primeiras reuniões da Sociedade participam: Anita Malfatti (1889 - 1964), Paulo Prado (1869 - 1943), Lasar Segall, Camargo Guarnieri (1907 - 1993), Hugo Adami (1899 - 1999), Mário de Andrade, Mina Klabin Warchavichik, Rossi Osir (1890 - 1959)Tarsila do Amaral (1886 - 1973)John Graz (1891 - 1980)Regina Graz (1897 - 1973)Vittorio Gobbis (1894 - 1968)Wasth Rodrigues (1891 - 1957), Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), Antonio Gomide (1895 - 1967)Sérgio Milliet (1898 - 1966), Menotti del Picchia (1892 - 1988), Paulo Mendes de Almeida (1905 - 1986), Jenny Klabin Segall (1901 - 1967), Alice Rossi, entre outros.

Após a formulação dos estatutos e da eleição da primeira comissão executiva da entidade (em 27 de dezembro de 1932, na casa de d. Olívia), a Spam promulga os seus objetivos, em 1933, no catálogo da 1ª Exposição de Arte Moderna, por ela organizada e que reúne 100 obras de artistas modernos nacionais (de Anita, Tarsila, Segall etc.) e de nomes da arte moderna internacional, com trabalhos das coleções particulares de d. Olívia, Paulo Prado, Mário de Andrade, Samuel Ribeiro e Tarsila do Amaral. São exibidas aí obras de Pablo Picasso (1881 - 1973), Fernand Léger (1881 - 1955), Brancusi (1976 - 1957), André Lhote (1885 - 1962), entre outros. Ao apresentar a exposição, o grupo apresenta também a entidade, que visa "estreitar as relações entre artistas e pessoas que se interessam pela arte em todas as suas manifestações"; promover exposições, concertos, reuniões literárias e dançantes; realizar sorteio de obras entre os membros; e criar uma sede social que se torne um espaço de festas e exibições.

As festividades, tão enfatizadas nos documentos da Sociedade, são de fato seus pontos altos. O réveillon de 1932/1933, São Silvestre em Farrapos, dá visibilidade ao grupo, além de permitir arrecadar fundos. Os painéis que decoram as paredes são todos de autoria de Segall. Em fevereiro de 1933, um baile carnavalesco, também idealizado por Segall, O Carnaval na Cidade da Spam, é realizado no "Trocadero" (atrás do Theatro Municipal). O artista planeja e executa a decoração da festa, atento aos mínimos detalhes. O convite, com desenho de Segall e poema de Mário de Andrade, apresenta as atrações da cidade imaginária: "O circo de Spam! O monumento de Spam! O presídio de Spam! O jardim zoológico de Spam! Os restaurantes e quiosques de Spam!". "O circo", que abre o convite, dá título ao grande painel que cobre toda a parede de entrada do salão. Um hino (criado por Camargo Guarnieri) acompanha o cortejo na praça Pública da Spam, onde os participantes trajam fantasias concebidas por Segall, Esther Bessel, Jenny Segall e John Graz. Na madrugada, circula o jornal A Vida de Spam, dirigido por Mário de Andrade, Antônio de Alcântara Machado (1901 - 1935) e Sérgio Milliet (1898 - 1966). A festa pode ser vista como uma ampla criação coletiva, dirigida por Segall, que envolve pintura, música, literatura e esquetes teatrais.

O sucesso do evento permite o aluguel da sede, inaugurada em agosto de 1933, no quinto andar do palacete Campinas, na praça da República. Nesse espaço, o grupo organiza encontros musicais - com Francisco Mignoni, Fructuoso Viana e Lavínia Viotti - e conferências - Anita Malfatti, Procópio Ferreira (1898 - 1979), Hermes Lima, entre outros -, cria uma biblioteca com revistas de arte nacionais e estrangeiras, organiza sessões de desenho com modelo-vivo no ateliê. É na nova sede, em 1933, que a Spam promove a sua segunda exposição, desta vez com artistas do Rio de Janeiro como Candido Portinari (1903 - 1962)Di Cavalcanti (1897 - 1976) e Guignard (1896 - 1962). A necessidade de arrecadação de fundos para manutenção das despesas leva à organização de um segundo baile carnavalesco, mais uma vez projetado por Segall, Uma Expedição às Selvas da Spamolândia, realizado no amplo espaço do Rink São Paulo, antigo rinque de patinação. Colaboram na decoração: Anita Malfatti, Rossi Osir, Paulo Mendes de Almeida (1905 - 1986), Gastão Worms (1905 - 1967) e outros; a coreografia dos bailados exóticos fica a cargo de Chinita Ulmann e Kitty Bodenheim; a música, sob a responsabilidade de Camargo Guarnieri e Ernest Mehlich. Uma vez mais, realiza-se uma grande festa temática que envolve as diversas artes. Dessa vez, o motivo é a selva - animais insólitos, plantas tropicais, elementos da arte e da vida indígena. Alguns comentadores afirmam que Segall recria uma atmosfera mágica e alegórica inspirada no romance Macunaíma, de Mário de Andrade. Outros preferem insistir na manutenção do tom expressionista, utilizado na composição da cidade do primeiro baile, e da selva, neste segundo. O sucesso do baile não permite sanar as dívidas financeiras da entidade. Além disso, várias manifestações de repúdio aos "excessos" da festa tomam a imprensa. Fala-se também em dissensões no interior do grupo, que passariam, algumas delas, por uma cisão entre o "grupo dos grã-finos" e o dos "judeus". Todos esses fatores levam a que, em 1934, Segall - a "alma da Spam", segundo Paulo Mendes de Almeida - proponha a extinção da Sociedade.

A consideração das atividades da Sociedade Pró-Arte Moderna permite medir a temperatura artística da década de 1930, momento de "rotinização" dos ideais estéticos gestados em 1922, nos termos de Antonio Candido (1918). A Spam remete a um contexto artístico marcado por tentativas de ampliação dos espaços da arte e da atuação dos artistas modernos, por meio da criação de grupos e associações. A Pró-Arte Sociedade de Artes, Letras e Ciências (1931) e o Club de Cultura Moderna (1935), no Rio de Janeiro, ao lado de agremiações paulistanas como o Clube dos Artistas Modernos - CAM (1932), o Grupo Santa Helena (1934) e a Família Artística Paulista - FAP (1937), são expressões do êxito do associativismo como estratégia de atuação dos artistas na vida cultural das duas cidades. Tributários das conquistas estéticas do modernismo, os grupos dialogam, cada qual à sua maneira, com esse legado recente. A Spam, capitaneada por Lasar Segall, tem como principais integrantes figuras do primeiro modernismo e parece filiar-se mais diretamente à pauta elaborada pelos organizadores da Semana de Arte Moderna.

1 de setembro de 2011

Noite Estrelada e seu som (Vicent Van Gogh)

Noite Estrelada, Saint Rémy. Vicent Van Gogh. 1889
 Óleo sobre tela 73.7 x 92.1 cm. MoMA, NYC.
Quarta-feira passada falávamos em uma aula da profª Elza Aljzenberg sobre Van Gogh, e alguém lançou que havia uma música feita especialmente para esse quadro. Todos ficamos tentando imaginar como seria uma música para essa tela. 
Hoje recebi o link da música. Ouça e acompanhe a letra a baixo para ver como faz sentido.


Vincent (Don McLean)

Starry starry night..

Paint your palet blue and gray
Look out on a summer's day
With eyes that know the darkness in my soul

Shadows on the hills

Sketch the trees and the daffodils
Catch the breeze and the winter chills
In colours on the snowy linen land

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen they did not know how
Perhaps they'll listen now.

Starry starry night

Flaming flowers that brightly blaze
Swirling clouds in violet haze
Reflect in Vincent's eyes of china blue
Colours changing hue
Morning fields of amber grain
Weathered faces lined in pain
Are soothed beneath the artist's loving hand

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen they did not know how
Perhaps they'll listen now

For they could not love you
But still your love was true
And when no hope was left inside
On that starry starry night

You took your life as lover's often do

But I could have told you,
Vincent,
This world was never meant for one as beautiful as you

Starry starry night

Portraits hung in empty halls
Frameless heads on nameless walls
With eyes that watch the world and can't forget
Like the strangers that you've met

The ragged men in ragged clothes
A silver thorn
A bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow
Now I think I know
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would now listen
They're not listening still

Perhaps they never will

Vincent (tradução)

Noite estrelada

Pinte suas cores de azul e cinza
Olhe os dias de verão
Com olhos que conhecem a escuridão da minha alma

Sombras nas colinas

Desenhe as árvores e os narcisos
Sinta a brisa e os arrepios de inverno
Em cores na terra de neve

Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir, eles não sabiam como
Talvez eles te ouçam agora

Noite estrelada

Flores em fogo com chamas brilhantes
Nuvens que giram em uma roxa neblina
Refletem nos olhos azuis de Vincent
Cores mudando de tom
Campos matutinos de grãos âmbar
Rostos cansados com dor
São acalmados pelas mãos afetuosas do artista

Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir, eles não sabiam como
Talvez eles te ouçam agora

Porque eles não podiam te amar
Mas mesmo assim seu amor era verdadeiro
E quando não havia mais esperança
Naquela noite estrelada

Você tirou sua própria vida, como amantes geralmente fazem

Mas eu poderia ter te falado,
Vincent,
Esse mundo nunca foi desenvolvido para pessoas tão bonitas quanto você

Noite estrelada

Retratos pendurados em paredes vazias
Cabeças sem porta-retratos em paredes sem nomes
Com olhos que observam o mundo e não esquecem
Como os estranhos que você conheceu

Os homens acabados, com roupas rasgadas
O espinho prateado
de rosas sangrentas
Está esmagado e quebrado, na neve virgem
Agora eu acho que sei
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir
Ainda não estão ouvindo

Talvez nunca ouvirão

23 de agosto de 2011

"A PONTE" - um doc sobre a Z/S de São Paulo

É assim que Arte Educador faz a diferença....
Documentario inspirador e motivador para se levantar e fazer algo. "A Ponte" fala da diferença de sociedade que existe na z/s de São Paulo entre o Rio Pinheiros. E como se pode fazer a diferença quando se quer.


A PONTE from joaowainer.com on Vimeo.


Publicidade e a Arte

Obras de arte escondidas pela propaganda... Up There é um documentário sobre histórias de pintores que criam painéis publicitários enormes. 


5 de julho de 2011

Coleção Grandes Mestres


A Abril está com uma coleção muito boa sobre grandes nomes das artes plásticas. Chega nas bancas às sextas-feiras pela bagatela de R$ 19,90. Detalhe, boa qualidade de papel, imagens grandes e bem comentadas e analisadas. Eu estou garantindo minha coleção fascículo por fascículo! Mas para quem quiser a Abril vende todos os volumes em até 6x s/juros no seu site.

Vol. 1 - Leonardo Da Vinci
Vol. 2 - Van Gogh
Vol. 3 - Monet
Vol. 4 - Michelangelo
Vol. 5 - Picasso
Vol. 6 - Dalí
Vol. 7 - Rembrant
Vol. 8 - Gauguin
Vol. 9 - Toulouse-Lautrec
Vol. 10 - Botticelli
Vol. 11 - Degas
Vol. 12 - Velázquéz
Vol. 13 - Renoir
Vol. 14 - Goya
Vol. 15 -  Cézanne
Vol. 16 - Manet
Vol. 17 - Modigliani
Vol. 18 - Kandinsky
Vol. 19 - Bosch
Vol. 20 - Matisse
Vol. 21 - Delacroix
Vol. 22 - Caravaggio
Vol. 23 - Rafael
Vol. 24 - Giotto
Vol. 25 - Rubens

19 de junho de 2011

Documentários sobre Arte: VAN GOGH

A BBC tem apresentado brilhantes documentários sobre a vida de alguns artistas plásticos consagrados.
Simon Schama - O poder da Arte
Baseado no livro do crítico de Arte Simon Schama, O Poder da Arte, o documentário conta a trajetória dos artistas abordado no livro.
O melhor de tudo é que eles estão disponíveis para assistir no You Tube!
Vale a pena assistir e conhecer um pouco melhor sobre a vida desses gênios indomáveis.

20 de abril de 2011

Curso de caligrafia urbana e contemporânea

Eu queria muuuuuito fazer... mas por enquanto eu espero o 2˚ semestre mesmo... :(
Mas fica aqui a dica!!!!



CURSO DE CALIGRAFIA URBANA+CONTEMPORÂNEA - Inscrições Abertas! NovasTurmas em MAIO! info: espacomoyou@gmail.com

HELLO!
Inscrições Abertas! NovasTurmas!!!

- Módulo1, em 4 aulas (10 horas total)


Sábados 14,21,28/05 e 04/06 > 10 -12:30 hs
ou
Terças 17,24,31/05 e 07/06  > 19 - 21:30 hs

Local:
Rua Fradique Coutinho, 1.945  (Sala Moyou)
 Vila Madalena.

VALOR:
R$ 290,00 ou 2 x R$ 160,00 (2º cheque para 30 dias)


Mande seu nome pra Lista via email e Aguarde as instruções de Matrícula!!!

Infos:
espacomoyou@gmail.com / caligraflip@gmail.com
f: 11 43064701
cel: 11 74664964 falar com Leca Calvi

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