30 de março de 2010

Estréia na manhã

Inaugurei hoje minha aula como eventual. Graças a inspetora Roseli, que me recebeu perfeitamente bem, tive segurança para entrar na 7ª série na aula de Português. 
Trabalhei com eles uma dinâmica para conhece-los e saber o que eles pensavam sobre arte. É claro que tem sempre uma turminha que não gosta de fazer nada e tenta atrapalhar, mas o resto do pessoal ajudou na evolução da aula.

Também só tive essa aula. O povo tá voltando de greve e as grades estão mudando também.

29 de março de 2010

Era uma vez...


Uma publicitária/analista de mkt que resolveu largar tudo e voltar para a cidadezinha onde morava. Como a cidade era pequeno, sua função precisou ser renovada para então conseguir um emprego. A vantagem que como seu pai possuia um comércio, ela conseguiu ficar trabalhando com ele, totalmente fora da sua área.
Mas para não perder o vínculo de tantos anos de estudo e conhecimento, decidiu entrar para o ramo da educação. Foi logo atrás de aulas para ministrar. A questão é que o mercado saturado de professores de arte na cidadezinha a fez iniciar uma longa saga para poder começar esta nova fase de sua vida.
No fim de 2009 após se inscrever na diretoria de ensino da região, fez uma prova para professores eventuais. Tirou 36 de 60 pontos, o que já considerou um grande feito, pois não conhecia os temas abordados tão bem assim. Precisava de 40 pontos para estar classificada, logo não fez parte da atribuição porque não tinha aula sobrando pra ninguém.
Entre idas e vindas de greves e sindicatos reinvidicando direitos, descobriu que podería dar aulas como professora substituta. E lá foi ela! Caçou uma escola para dar entrada na papelada e encontrou um excelente diretor que a ajudou muito com a abertura do cargo e também com as informações que não conseguia ter de forma clara e correta no meio do professorado.
Descobriu que é e sempre será categoria "O". Que categoria "L" vai ser extinguir e se transformar em "O" e que categoria "F" tava uma bagunça.
Então, a publicitária/analista foi atrás das obrigações básicas para se tornar funcionária do governo. Isso quer dizer, passar horas na fila do banco Nossa Caixa para conseguir abrir uma conta. Passar horas na fila do posto médico municipal para ser examinada por um médico que apenas olha para você e assina a liberação de saude. E enfim, levar toda a burocracia, original e xerocada para a instituição escolar, esperar sair o contrato, para finalmente receber uma ligação dizendo: "Ok! você pode começar a dar aula."

Bom, essa sou eu e no momento, essa é a minha vida.

Amanhã darei a minha primeira aula. Já estou até soando frio, rs. Fé em Deus e pé na táboa.
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